
(Foto: Autor desconhecido)
dobra o pecíolo na ventania
e a folha
na nervura do tempo cai no fio de água
deixando esporos na margem da sede
na penumbra.
José Félix
Nesta lista - como num rio - correm as veias dos poetas, nas pedras que rolam e rebolam. Ana Maria Costa e Sónia Regina
4 comentários:
Como tudo pode caber num sussurro do vento. O mundo é do tamanho dos nossos sentidos. E sentimos tanto para lá do sentir...
Charlie= Carlos Luanda
este poema faz parte de uma série e convém depois lê-la para lhe retirar o sentido completo. é sobre a morte, uma de duas coisas de que vale a pena escrever; a outra é «amar». digo «amar» e não «amor». «amar» ó objecto e sujeito. é polissemia e semiologia. «amar» requer uma política de gestos. «amor» não seio o que é. e a morte? a morte é tudo e nada!
Esporos, da reprodução duma planta sem flor, «na margem da sede» desta poesia em flor!
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