de Iara Maria
01
Nem sempre se vê a pedra
invisível
seu toque maltrata magoa
se soubesse de seu lugar
saberia também desse deus
invisível
mata se apregoa!
02
o pó de ar na folha da pedra
a mesa oval, a cobertura do
Mosteiro, fresco silêncio
aguarela em pedra, Deus
03
este é o pecado que resta
a maçã derradeira do pomar
aguardaria a serpente
se tempo houvesse mas o desejo
é semear caminho na memória
e esta maçã que há a provar
é parte do por quê de caminhar
04
(adivinho / adivinha)
se sei onde está a pedra
não tropeço e sigo,
sabendo como é Deus
não (o) procuro!
agora (o) sobrenatural
faz-se parte da arte
e não há poesia
sem me sentir divino!...
05
Caio em mim.
Não em pensamentos.
Não em auroras das revelações do espírito.
Não!
Caio em mim
sem que um pensamento viva ou morra.
Caio em mim:
sem pressas
nem amanhãs.
Nem ontem
nem tempo....
Apenas o Agora: o sentido do infinito.
Sou....
Particula do Nada.
Onde nada começa.
Intemporal
onde o meu descansar de Deus
No Tempo sem tempo
Tropeça....
06
se caio em mim
agora, hoje,
na pedra o futuro,escrito,
no silencio a visão,
clara, do tudo,onde nada
recomeça
flui, retoma
como a água fresca,
caída da fonte, reinicia
do colorido das pedras
de seixos rolados
como eu, sei
como sei de deus
tropeço, bambeio
mas não caio.
07
Conheci a pedra primeiro
depois... amei deus
por amar a pedra amei deus
e na perda da pedra
tudo aconteceu!!!
A (deus)
08
... algo indefinido, imaterial,
névoa que se não dissipa, esparge,
indelével num espaço que abriga,
força maior que não lobriga,
pedra tosca no caminho
que contorna,
não tropeça, adivinha,
protecção sempre presente,
intuição que avisa,
obstáculo que evita,
levita,
divindade maior que sente,
estando ausente,
acaso que pressente
num instante, num repente,
local de perigo iminente,
ciclo reversível,
queda do espírito, da mente,
corpo que não rasga no duro asfalto,
contacto permanente
da espiritualidade
dum Deus que protege
quando age na voragem que consome,
irrealidade,
abstracção que bloqueia,
incendeia,
não tropeça
se contorna,
quando adorna
feérico na crença,
quando pensa,
pedra angular que provocaria queda,
culpa que pesa,
cometimento menos feliz,
imaterial, indefinida,
como névoa que esparge,
assim age,
espaço curto que diz,
respeito profundo por quem sente
algo maior na vida,
falha grave,
peso constante que menoriza,
inferioriza,
sangra na interioridade que desconforta,
quando aporta
na baía do sossego,
partilha
réstia de pavor, de medo,
intimo refugio, algum segredo!!!...
09
Quando em certa época
decidi virar cigana,
percorri meio mundo.
Fui poeta, cantora...
Amei loucamente,
briguei com sofreguidão.
Nada fazia
que fosse
pela metade.
Agora, tudo me soa
inverossímil.
Parece fruto
de minha imaginação.
Quem sabe preciso
urgentemente
de psicanálise?
De regressão
a vidas passadas?
Sinto-me multifacetada.
Busco um rumo
na minha estrada...
10
Sei de pedra.
Como sei (também) de Deus,
por isto - tropeço.
Por saber de pedra
ou por saber
de Deus?
11
Irriguei a boca com ar
afundei o céu
no meu corpo
fui para o infinito
cumprir pena que sabia.
Autores que participaram no desafio:
01 - Bernardete Costa
02 - José Gil
03 - Xavier Zarco
04 - Francisco Coimbra
05 - Carlos Luanda
06 - Sónia Regina
07 - Ísis
08 - Manuel Xarepe
09 – Belbedere Bruno
10 - Dalva Agne Lynch
11 – Ana Mª Costa
* Moderado por Ana Maria Costa
01
Nem sempre se vê a pedra
invisível
seu toque maltrata magoa
se soubesse de seu lugar
saberia também desse deus
invisível
mata se apregoa!
02
o pó de ar na folha da pedra
a mesa oval, a cobertura do
Mosteiro, fresco silêncio
aguarela em pedra, Deus
03
este é o pecado que resta
a maçã derradeira do pomar
aguardaria a serpente
se tempo houvesse mas o desejo
é semear caminho na memória
e esta maçã que há a provar
é parte do por quê de caminhar
04
(adivinho / adivinha)
se sei onde está a pedra
não tropeço e sigo,
sabendo como é Deus
não (o) procuro!
agora (o) sobrenatural
faz-se parte da arte
e não há poesia
sem me sentir divino!...
05
Caio em mim.
Não em pensamentos.
Não em auroras das revelações do espírito.
Não!
Caio em mim
sem que um pensamento viva ou morra.
Caio em mim:
sem pressas
nem amanhãs.
Nem ontem
nem tempo....
Apenas o Agora: o sentido do infinito.
Sou....
Particula do Nada.
Onde nada começa.
Intemporal
onde o meu descansar de Deus
No Tempo sem tempo
Tropeça....
06
se caio em mim
agora, hoje,
na pedra o futuro,escrito,
no silencio a visão,
clara, do tudo,onde nada
recomeça
flui, retoma
como a água fresca,
caída da fonte, reinicia
do colorido das pedras
de seixos rolados
como eu, sei
como sei de deus
tropeço, bambeio
mas não caio.
07
Conheci a pedra primeiro
depois... amei deus
por amar a pedra amei deus
e na perda da pedra
tudo aconteceu!!!
A (deus)
08
... algo indefinido, imaterial,
névoa que se não dissipa, esparge,
indelével num espaço que abriga,
força maior que não lobriga,
pedra tosca no caminho
que contorna,
não tropeça, adivinha,
protecção sempre presente,
intuição que avisa,
obstáculo que evita,
levita,
divindade maior que sente,
estando ausente,
acaso que pressente
num instante, num repente,
local de perigo iminente,
ciclo reversível,
queda do espírito, da mente,
corpo que não rasga no duro asfalto,
contacto permanente
da espiritualidade
dum Deus que protege
quando age na voragem que consome,
irrealidade,
abstracção que bloqueia,
incendeia,
não tropeça
se contorna,
quando adorna
feérico na crença,
quando pensa,
pedra angular que provocaria queda,
culpa que pesa,
cometimento menos feliz,
imaterial, indefinida,
como névoa que esparge,
assim age,
espaço curto que diz,
respeito profundo por quem sente
algo maior na vida,
falha grave,
peso constante que menoriza,
inferioriza,
sangra na interioridade que desconforta,
quando aporta
na baía do sossego,
partilha
réstia de pavor, de medo,
intimo refugio, algum segredo!!!...
09
Quando em certa época
decidi virar cigana,
percorri meio mundo.
Fui poeta, cantora...
Amei loucamente,
briguei com sofreguidão.
Nada fazia
que fosse
pela metade.
Agora, tudo me soa
inverossímil.
Parece fruto
de minha imaginação.
Quem sabe preciso
urgentemente
de psicanálise?
De regressão
a vidas passadas?
Sinto-me multifacetada.
Busco um rumo
na minha estrada...
10
Sei de pedra.
Como sei (também) de Deus,
por isto - tropeço.
Por saber de pedra
ou por saber
de Deus?
11
Irriguei a boca com ar
afundei o céu
no meu corpo
fui para o infinito
cumprir pena que sabia.
Autores que participaram no desafio:
01 - Bernardete Costa
02 - José Gil
03 - Xavier Zarco
04 - Francisco Coimbra
05 - Carlos Luanda
06 - Sónia Regina
07 - Ísis
08 - Manuel Xarepe
09 – Belbedere Bruno
10 - Dalva Agne Lynch
11 – Ana Mª Costa
* Moderado por Ana Maria Costa
3 comentários:
Filipa mais uma imagem bem conseguida.
obrigada miga!
jinhos
O mais fantástico de tudo é que parece que o blog resolveu os problemas técnicos por mim...
Estamos de volta!!
e vamos para a frente...
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