Lançamento da Antologia Poética "Amante das Leituras"

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sábado, 10 de novembro de 2007

Amizade

AMIZADES - este é um pedido do coração - A SOLIDARIEDADE EM ACÇAO E A LITERATURA EM CIRCULAÇÃO

A EDIUM EDITORES, http://ediumeditores.blogspot.com/

com cerca de 80 títulos publicados, prestes a fazer dois anos que iniciou sua actividade, vai editar um livro meu, prosa, «Salvador, o Homem e Textos InConSequentes».
É uma editora pequena, mas esforçada na divulgação da cultura.
Tem publicado autores não muito conhecidos e jovens autores, o que, à partida não garante grandes receitas, ora sendo o objectivo maior a divulgação da literatura tem na mesma que ser rentável senão ...morre .

Asim o seu proprietário, agente directo em todas as fases do processo, pretende promover a venda on-line, no futuro.
Para já, para garantir a cobertura dos custos, ensaiou esta modalidade que vos proponho:

Quem quiser pode (POR FAVOR LEIAM E RESERVEM SEM PROTELAR SENÃO ESQUECEM) fazer uma pré-reserva do número de livros que se propõe adquirir, para:
ediumeditores@gmail.com
Valor da capa: 10,00€/livro
Nº de pág. + ou - 80
Serão convidadas/os,via email e moradas, os que detenho, para apresentação do livro no início de Dezembro.
Quem fizer pré-reserva e pagar por cheque ou transferência bancária (acordar com o Editor- ver site acima referido) fica isento d os custos dos CTT OS QUAIS , COMO SABEM, SÃO BEM GRAVOSOS.

Agradeço que quando fizerem as vossas pré-reservas (muitas) - lembrem-se das prendinhas de Natal - ao enviarem o email ao editor me enviem o mesmo email em:c.c.
Fazemos trabalho conjunto.
« S inopse: de «Salvador, o Homem e Textos InConSequentes»

O livro pode ser decomposto em duas partes, das quais,«Salvador, o Homem» abrange cerca de um terço.
Mais próximo da novela do que do conto relata a experiência de Salvador ao descobrir o fantást ico que a vida encerra e que o mundo é muito mais do que o que vemos no dia a dia, assim como nele, enquanto ser humano,existem dimensões inexploradas, até ignoradas que ao descobrir e as integrar no seu todo alteram sua vida e de todos ao seu redor.

Os textos restantes enquadram-se mais no conceito americano de short-stories e diversificam o leque de leitura de uma forma que cremos será de vosso agrado e que o próprio título vos permite intuir a existência d nexos, aparentemente inexistentes.»

Minhas e meus amigos, nesta hora de "parir" mais uma cria conto convosco.

Desejo uma boa semana e P.F. divulguem esta informação pelos vossos contactos pois poderá haver pessoas eventualmente interessadas.

Bj

Luz e paz em vosso caminhar e ao vosso redor

Conceição Paulino

terça-feira, 6 de novembro de 2007

"Cresço em maré, quando mergulhas em mim",

( Foto: Autor desconhecido)

de Carlos Luanda, in " O Mar"







01

Quando vens mar,
rio.
Quando vens córrego,
sigo.
Se és regato,
canto.
Quando és Atlântico-
ó força espantosa
que escora meu cio,
meus anseios,
orgasmos
e desvarios -
“cresço em maré
quando mergulhas
em mim”.


02

Recebo-te de braços abertos
para que me possuas
sobre as rochas
plantadas sob meus pés.

Vens assim,
agitado espumante
pigmentas minh'alma
e sentes meu gosto
de destino

Envolves-me em tuas águas
festejando o encontro ritmado
Dos braços – toques, das pernas – abraços
da pele dos poros – arrepios

Vens, cresço em maré,
ao receber-te em mim
mar, mar atlântico!


03

Altivo e voluntarioso. é
fogueira que alimenta
o fogo: assim, ao pé,
mesmo por essa mão;
que acariciando
promessas suaviza,
desliza. cede a seda,
desnudando contornos,
perante os flamantes olhos
faiscantes, sentidos ocultos
de esguios, corpos unos
aturdidos instantes


04

cresce a maré e o vento do mar
corre a linha do rego da areia
grão a grão
no mergulho segredo sabor marinho
verde azul branco sopro espuma
saciando o silêncio desejo
que conserva em si de a possuir
e ela bebe...beija...bebe
a salgada aventura de o sentir


05

Na ponta de uma corda
que construo com as flores,
em dança noturna
eu te desenho

e, numa estratégia da água
da alma, te deixo entrar.

Minha pele abre-se em aves,
quando mergulho em ti;

cresces, em maré,
danças comigo o poema

até que as mãos toquem
o chão. E sejam.

E agarrem a vida em forma de areia.



Índice de autores:

01 – Maria Limeira
02 – Andréa Motta
03 – Luís Monteiro da Cunha
04 – Ísis
05 – Sónia Regina

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

"Pequenas luzes absorviam o que restava da escuridão"

(Foto: autor desconhecido)

de Paulo Themudo, in "Os olhos espelham"



01

Ah, como é chegado o momento
sem tempo de mais ser do
que o silêncio puro,
envolto de nudez
no seu manto de dedos,
nascentes de rios
correndo lábios de céus.
Ah! Silêncio que explodes
em mil e mais cores
nas gotas suadas,
numas peles que já só sentem
que eternidade não é o tempo.
É o infinito no momento
que se incendeia por dentro
e renova de luzes
o fogo do firmamento...

02

tal qual vela
silenciosa
roubadora de silêncios
e da pouca claridade que ainda resta
ali
num canto do coração
como se a se esgueirar
de fino
pela fresta

e ainda [na penumbra]
executar canção


03

a)
somos olhos fechados dançando
num abraço embalado
na música

com o teu aroma
e meu amor

imaginei este poema assim

b)

os teus braços rodearam-me
ergui-te pela cintura
para um beijo

com o nosso amor
e foi romã

esse sabor de lábios-frutos

c)

escorre aqui um sabor bom
do que a imaginação
dá da memória

com o seu poder
e arte sã

nu nó onde nós nus somos

d)

vendo o universo luzente
absorver as luzes
e restar...

da escuridão
a noite

com o calor tépido abraço

e)

numa dança para encher
o próprio destino
bailo ainda

o que se pode dizer
com o corpo

transportado às palavras


04

o meu corpo parecia perdido
que luzes eram sois
pequenos nos meus olhos.

05

amanhecia, no mais longe
onde a vista alcançava

de lá, pouco a pouco,
iam se aproximando
os contornos

a relação entre as coisas
estava prestes a acontecer:

"pequenas luzes absorviam
o que restava da escuridão"

06

Por um tule tecido de evidências
encerra-se a fronteira da vontade,
o desejo, absorvido de oportunidade,
escorre da fronteira desse ínfimo espaço,
que medeia a transparência, de ser
não estar, não se ver, adivinhar,
querer, sempre adiado, o abraço

apesar de continuar na escuridão.
as formas são deleites, absorvem
a explosão dos luzeiros que fenecem

por puro prazer.

acontecer é o gesto adiado,
frenético e febril.
uma luz a explodir
na antevisão do que escurece

ah! delicioso tormento
apetece antecipar:
aparece, desaparece,
­ – não parece – é… movimento!



Índice de autores:

01 – Carlos Luanda
02 – Eliana Mora
03 – Assim
04 – Ana Maria Costa
05 – Sónia Regina
06 – Luís Monteiro da Cunha