1.Luís, para além da poesia com que nos vai presenteando no grupo "Amantedasleituras" por onde mais mareia a sua escrita?
Luís Monteiro: De momento e apenas por manifesta falta de tempo, pela poesia e coordenação do grupo. Apesar de estar com dois romances em aberto: um no terceiro capítulo; outro que não passou ainda do primeiro, de momento não sei quando os conseguirei terminar.
2. Poesia - a partir de que momento se deu em si a descoberta?
Luís M. : A descoberta apareceu há relativamente pouco tempo e por um acaso do destino. Duas pessoas do meu círculo de amigos zangaram-se e não havia meio de se reconciliarem, apesar da intervenção de amigos comuns. Um dia, resolvi escrever o que me afogava a alma relativamente a essa questiúncula e fiz um pseudo-poema. Digo pseudo, porque não era poeta (pensava eu) e apenas escrevi o que sentia e lhes enderecei. A verdade é que através desse poema reconciliaram-se e agradeceram-me as palavras e a dedicação.
3. Luís, o poeta é sempre o olhar da diferença, da interrogação, da insatisfação e do desassossego.
Como é que o Luís se assume perante o mundo, como Homem, como Poeta?
Luís M. : Como homem, tento a conciliação possível em todas as relações, inclusive em guerras que não compro, mas a que não consigo ficar ausente. Como poeta, serei sempre um crítico fervoroso da humanidade. Abomino desigualdades. Todos nascemos iguais e nus perante o mundo, então porque existe tanta xenofobia, tanto ódio enraizado contra a diferença de pensamento, ideologia, credo, ou deformações?
4. Sei que há algum tempo atrás recusou a publicação de um romance seu. Hoje sente falta de uma maior divulgação do seu trabalho?
Luís M. : Por estranho que pareça, não sinto. Estou bem comigo próprio divulgando apenas no meu blog; nos grupos de leitura, como o Amante das Leituras e esporadicamente nos jornais nacionais e regionais. Agradeço todos os convites que me formulam para publicar, mas de momento não sinto que esteja preparado para esse passo tão importante, como a publicação de uma obra só nossa. Escrevo por puro prazer e sem obrigações. Considero cada livro como um filho e apenas o darei (se algum dia ousar) ao mundo, quando sentir que ele será perfeito. Tanto o mundo, como o livro.
5. Até que ponto acha que poderia um poema mudar o mundo?
Luís M. : Mudar o mundo, não diria tanto. Mas que pode fazer algo por ele, mediante o conceito do mesmo, isso sim, acredito!
6. Se de repente tivesse apenas o direito a uma frase, o que diria?
Luís M.: Inventaria uma frase, por exemplo: "Não queiras abrir os olhos de cegos, trabalha para que te sintam".
7. Já pensou num cenário futuro em que já não exista Humanidade, que papel teria um poema deixado ao infinito nesse contexto?
* Luís Monteiro da Cunha, heterónimo literário de Luís Manuel Peixoto Monteiro da Cunha, nasceu a 30 de Agosto de 1962 em S. Mamede de Infesta – Matosinhos mas reside desde a infância na cidade da Maia.Escreveu nos finais de 2005, o romance "A Decisão" tendo sido convidado para publicação pela Papiro Editora, negando-se o autor por opção pessoal. Artigos e poemas seus, são editados semanalmente em diversos jornais e revistas portuguesas de âmbito nacional e regional, expressando a sua opinião sobre assuntos pertinentes que assolam o país, principalmente o seu concelho de residência.
Colabora em inúmeros sites na Internet, gerindo o seu próprio blog denominado "Bufagato" onde publica alguns dos seus trabalhos, essencialmente poéticos.
Na lista "Amante das leituras" é moderador e responsável pelo desafio da semana.
5 comentários:
Obrigado amigos
Espero que gostem desta conversa franca
Jinhos e abraços
lmc
olá filipa ;) só vim dar-te um beijinho. gostei muito de te conhecer, no sábado. e ao carlos luanda também. foi bom rever o luís. cumprimentos para eles ;)
Olá, Luís amigo. Gostei da entrevista. Dá-nos oportunidade de conhecê-lo melhor. Um abraço & Saludos. Maria José Limeira.
olá amigos
A linda Maria falou bem.
as entrevistas servem para que as pessoas se conheçam melhor.
jinhos e parabéns pelo bom trabalho, destes lindos moderadores que se reunem todos, neste blog.
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